No final de Janeiro, e por causa de uma conversa com o meu
padrinho de praxe (que me disse, todo feliz, ter encontrado o Tio Patinhas no
Continente), decidi (re)ler a fantástica BD “A Saga do Tio Patinhas”. Li-a
quando saiu em Portugal, em 2002, e lembro-me que, apesar de ter adorado as
aventuras do “Pato mais rico do mundo”, as partes introdutórias de cada
capítulo, com comentários do escritor Don Rosa e imensas referências às
aventuras de Barks me tinham provocado um certo enfado. De resto, havia também
muitos pormenores de que já não me lembrava. Assim, ao reler a Saga, foi um
redescobrir sucessivo de factos deliciosos sobre a vida e as aventuras de uma
das personagens da minha infância. Desta vez não achei os comentários
enfadonhos. Oh, não! Eles enquadram cada capítulo numa determinada época
histórica, com referências a factos reais. Mostram o trabalho meticuloso que
Don Rosa efectuou, certificando-se que tudo encaixava com a personagem criada
por Carls Barks. Para mim é sem dúvida a mais completa BD que já li. Merece que
seja relida várias vezes e não que fique esquecida na estante, juntamente com
todos os outros livros das personagens de Barks e de outros cartoonistas, onde
(infelizmente) a tinha deixado há quase 11 anos…
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