quinta-feira, 10 de abril de 2014

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Head up, stay strong, fake smile, move on.

Tens um dia de merda. Não te apetece rir, falar, nem ver ninguém. Fazes um esforço enorme para não chorar enquanto andas no meio da rua, porque ficaste demasiado sozinha com os teus pensamentos. Queres mandar toda gente à merda. Quase o fazes com aqueles que mais se preocupam contigo. Orgulho é uma coisa feia e não te deixa pedir desculpa. Adormeces a pensar que amanhã é um novo dia. O dia amanheceu igual. Segues em loop.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Das saudades que já apertam.

Morreu ontem a minha bisavó. Morreu a minha avó A., tão avó, tão sem necessidade do "bi" que só confere distância ao parentesco. Morreu a minha avó e morreu um bocadinho de mim com ela. Morreram os natais encantados em que toda a família se juntava numa sala minúscula, bem apertadinhos, e em que mais nada importava. Morreu um bocadinho da memória dos olhos brilhantes dos meus primos pequeninos por verem chegar o Pai Natal que, naquela casa, já encarnou no meu bisavô, no meu pai, e nos meus primos mais velhos. Gerações de Pais Natal com um único intuito, o de ver crianças felizes ao tocar da campainha na noite de Natal. Morreu a mulher mais forte que já conheci, a que ultrapassou mais adversidades em 20 anos com um sorriso na cara do que imaginei ser possível. Agora, no fim, disse que estava cansada de lutar. Compreendo-a. Afinal, 93 anos é uma idade considerável (a quantidade de vezes que ouvi isto este fim de semana...). Mas não faz com que doa menos, não. Morreu a minha bisavó, tão avó, e aprendi que o coração vai perdendo bocadinhos.